Você já reparou que muitos comprimidos e cápsulas têm um brilho ou uma película protetora? Ou que algumas pomadas têm uma consistência cremosa e oleosa? Isso acontece porque muitos medicamentos usam parafinas e ceras como parte da fórmula. Mas afinal, por que isso é feito? E essas substâncias são seguras?
Este artigo explica os usos da parafina, ceras e revestimentos na indústria farmacêutica, com foco em como funcionam, o que diz a Anvisa e o que o consumidor precisa saber.
O que são excipientes e por que eles são importantes?
Um excipiente é um ingrediente que está presente em um remédio, mas que não tem ação terapêutica. Ele serve para dar forma, proteger, conservar ou ajudar na liberação do princípio ativo no organismo.
De acordo com a Anvisa, excipientes como parafina e ceras são usados para:
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Facilitar a produção e o transporte do medicamento
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Garantir que o comprimido ou cápsula se desfaça no tempo certo
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Melhorar o sabor, aparência ou textura
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Evitar reações químicas entre os componentes ativos
Em outras palavras, eles são essenciais para que o remédio funcione corretamente.
Como a parafina e ceras são usadas nos medicamentos?
1. Liberação controlada de fármacos
Alguns medicamentos precisam ser liberados aos poucos no organismo. Para isso, usam parafinas ou ceras como barreira. Essa camada faz com que o remédio se dissolva lentamente, garantindo efeito prolongado.
Exemplos:
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Polaramine Repetabs
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Adalat OROS (comprimidos de liberação prolongada)
2. Revestimentos de comprimidos
Ceras como a carnaúba são usadas no revestimento de comprimidos, ajudando na deglutição e evitando que o princípio ativo entre em contato com o estômago.
Além disso, o revestimento melhora o visual do remédio, deixando-o mais uniforme e brilhante.
3. Pomadas, cremes e géis
Na forma de pomadas e cremes, a parafina tem função emoliente e protetora. Ela ajuda a manter o produto estável e a formar uma barreira na pele.
Essas substâncias são seguras?
Sim. Desde que aprovadas pela Anvisa, as ceras e parafinas são consideradas seguras para uso farmacêutico. Elas passam por testes de:
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Pureza
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Ausência de contaminantes
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Compatibilidade com outros ingredientes
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Estabilidade química e microbiológica
O que diz a legislação brasileira?
A Anvisa regulamenta o uso de excipientes com base em várias resoluções. As principais são:
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RDC 122/2001: trata das ceras de petróleo, parafina e seus usos em alimentos e medicamentos
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RDC 34/2015: estabelece as Boas Práticas de Fabricação de Excipientes Farmacêuticos
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RDC 238/2018: exige justificativas técnicas para a inclusão de excipientes nas fórmulas
Além disso, a Farmacopeia Brasileira define os padrões de qualidade e testes que essas substâncias devem passar.
Existem alternativas naturais e veganas?
Sim. A demanda por alternativas veganas e sustentáveis cresceu nos últimos anos. Assim, algumas empresas passaram a usar:
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Cera de carnaúba: extraída de palmeiras brasileiras
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Cera de candelila: de origem vegetal, substitui a cera de abelha
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Revestimentos à base de celulose: usados em cápsulas vegetarianas
Essas opções são ideais para marcas com foco em clean label e produtos naturais.
Principais dúvidas do consumidor
“Parafina faz mal à saúde?”
Não. A parafina usada em medicamentos é altamente purificada. Seu uso é regulamentado e seguro.
“Medicamentos com revestimento têm absorção pior?”
Pelo contrário. O revestimento ajuda a controlar onde e como o princípio ativo será liberado. Em muitos casos, isso melhora a eficácia do tratamento.
“Ceras e parafina são ingredientes veganos?”
Depende. Ceras como a de abelha não são veganas. Já parafina (de petróleo) é tecnicamente vegana, mas não é considerada “natural”. Por isso, ceras vegetais como a carnaúba são preferidas por esse público.
Conclusão
Parafina e ceras nos medicamentos são ingredientes técnicos essenciais na indústria farmacêutica. Elas ajudam a controlar a liberação dos medicamentos, facilitam a administração e garantem estabilidade.
Apesar de serem associadas a “derivados de petróleo”, essas substâncias são seguras e reguladas, e muitas têm alternativas vegetais disponíveis.
Se você se preocupa com a segurança dos ingredientes ou busca produtos mais naturais, vale a pena ler as bulas com atenção e conhecer os excipientes usados.
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ISO 9001
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Kosher
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SASSMAQ (Saúde, Segurança, Meio‑Ambiental e Qualidade)
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Conformidade FDA com capítulo 172.886 sobre ceras de parafina
Por fim, a Gequímica oferece desenvolvimento personalizado e co-manufatura com laboratórios, criando blends especiais conforme a necessidade de cada cliente . Isso significa que é possível desenvolver produtos sob medida, alinhados a objetivos técnicos, normativos ou de posicionamento de mercado.
